Um barulho
surdo nasceu no corredor. Parecia que algo havia, ironicamente, caído do céu.
– O que foi
isso? – indagou Fauna, parecendo estar apreensiva.
– Veio do
corredor! – Flora respondeu, enquanto arrastou as outras duas fadas para a
porta do quarto.
Imediatamente,
Primavera, ergueu as curtas mãozinhas e puxou a porta com delicadeza. Sobre o
chão estava derramada um menino que trajava vestimentas de tecido nobre, seus
cabelos era, negros como a noite, e, pendurada em sua cintura, dormia uma
espada de ferro puro.
– Sou Felipe,
estava procurando o castelo do Rei Stefan, vim em nome de meu pai... – ele
iniciou.
– Quem é seu
pai? – Fauna, a mais má educada das três, indagou.
– Rei
Humber...
Antes que o
menino pudesse concluir sua frase, ambas tomaram-no pelas mãos e o arrastaram
por cima dos tapetes, até que, finalmente, chegaram a uma esplêndida cama
dourada, coberta por lençóis brancos e enfeitada, por fora, com castiçais de
ouro; sobre ela pousava uma menina, a mais bela menina de todo reino.
– Você é um
príncipe, certo? – perguntou Flora.
– Sim! – ele
respondeu, ainda com um pouco de receio.
– Acho que
serve... – Fauna, que agora voava sobre Aurora, comenta em tom de sussurro.